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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Aquilo que não podemos controlar

Vou usar esse azulzinho mesmo para falar de saúde e deixar tudo azul, como se diz quando está tudo bem.
Então está tudo bem até que uma criança tenha febre.
Quando perdemos o controle da situação, saímos do prumo, cambaleamos, gaguejamos...porque já não somos mais nós. Somos os verdadeiros pequenos nas mãos de Deus, o grande.
Claro que Deus não quer que fiquemos nessa posição de pequenos pedintes, carentes de afeto e atenção e necessitados de favores para mantermos a dignidade e a sobrevivência.
Por isso, Ele nos deixa pensar que somos grandes. E agimos como tais até que uma febre em nossos filhos venha nos dizer que é hora de parar. É hora de render-se ao grande. Porque plano de saúde e telefone de pediatra não garantem o milagre.
Não sejamos onipotentes a ponto de acreditar que a saúde de nossos filhos está diretamente proporcional ao nosso bolso e que um plano de saúde em dia nos garantirá a cura.
O Tylenol na farmácia não funciona se junto com a dose indicada pela pediatra não vier a sua dose pessoal de fé e amor.
Estou lendo um livro que fala da cura através do amor. Não só a da cura física, mas da cura da humanidade como um todo. Sem amor não há cura.
E às vezes pensamos que amamos o suficiente nossos filhos e que eles estarão para sempre isentos da febre até descobrirmos que nosso amor é falho porque o verdadeiro amor é com letra maiúscula, é divino, é único e é Deus.
Não, esse post não tem pitada religiosa só porque menciona Deus. Esse post é a constatação de que Tylenol diminui a febre mas o amor de Deus é que faz seu bebê acordar sorrindo e brincando, deixando que só você se lembre, não mais da febre mas da lição.
Ame com responsabilidade. Não ame no automático porque na iminência da febre é que percebemos o quanto de amor que não amamos por não estarmos atentos ou porque aquele ali já parecia bom.
Ame com todo o seu coração e faça desse Amor o Tylenol para casos raros de febre. Daquelas que vem nos mostrar que precisamos aprender a amar.

sábado, 5 de outubro de 2013

Cheiro de Vida

Ela só queria sentir aquele cheiro outra vez.
Era um cheiro, que como todos os outros, não se explica.
Difícil explicar a  cor para o cego. Difícil explicar o cheiro para outra pessoa que não saberia o que  mais está envolvido naquele odor, naquela experiência única de cheiro, que cada um é capaz de explicar somente à sua própria maneira.
Porque o cheiro de bolo é o mesmo, mas o que ele representa para mim pode ser café da tarde e para você, dor de barriga. Não é o significado em si mas o significante.
Explicações á parte, o cheiro de hoje, é de Vida. Cheiro de sábado, na casa da vó.
Cheiro de saudade da torta de maçã e do pastel assado e do arroz com cenoura e do bife à milanesa.
È saudade dela, do vô, da televisão preto e branco, da programação de sábado, sempre ensolarado, sempre com guaraná Antarctica, sempre com desenhos, sempre com meu avô e aquele radinho de ouvido que ele ouvia as notícias e fazia algum comentário.
Minha avó cantarolava pela casa enquanto fazia de tudo um pouco e era sempre tudo!
Saudade desses sábados sem programação, sem preocupação.
Porque hoje é sábado, tem Sol e eu me culpo por não ter uma super programação para fazer com as crianças. Mas vejo que a melhor programação que eu poderia ter na minha infância, era aquele sábado, de nada para fazer, com tudo o que eu tinha direito.
Não havia tédio, nem raiva, nem estresse. Só boas lembranças, só paz e um cheirinho único de sábado, de Vida, de vó e de vô, de saudade, de amor.
Bom sábado pra vocês.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Inspiração

Foi lendo outros blogs que me inspirei nesse post.
Porque é bom ler coisas legais, dicas bacanas, de pessoas antenadas e que na menor das hipóteses, estão ajudando seus leitores.
Foi o caso de agora de manhã cedinho, acompanhando alguns blogs que mandam por email seus posts atualizados, que tive acesso ao que despertou em mim, um tema que vem sendo ouvido, lido e praticado com mais afinco: a pontualidade.
Mas se vc achar que então, esse tema não te interessa e não vai ler até o final, saiba que não se trata da pontualidade enquanto chegar no horário mas da pontualidade com a vida, no sentido de compromisso com o seu tempo e o do outro.
Quando li esse post e alguns outros, bem como algumas palestras que assisti sobre o tema e já vinha refletindo sobre o mesmo, vi que poderia falar mais sobre isso e não desperdiçar o seu tempo e nem o meu.
Porque o que se diz para além da pontualidade no bater o cartão é que existe um compromisso com o Universo, com o seu universo particular, com a vida, com a pessoa ou a situação envolvida naquele horário, naquele ponto, naquele prazo.
É presunção achar que o outro vai entender seu atraso.
O maior prejudicado é você mesmo porque o outro, além de emanar uma energia ruim , vai se virar para contornar aquela perda, de tempo, de espera, de atraso de espírito.
Mas o atrasado não sai impune. Ele paga um preço. Ele falta com o respeito perante o outro e quem não respeita, não é respeitado. Ele "queima o filme", ele é demitido, ele perde a credibilidade, as pessoas não contam com ele, não esperam nada dele, não marcam nada com ele.
Porque tempo é vida. E para os que dizem que tempo é dinheiro, acho que se fosse, não haveria tanto atraso. Mas as pessoas não estão administrando bem a própria vida e lógico, dessa maneira não há como administrar melhor o próprio tempo.
Fica a dica, como considerei o post lido hoje mais cedo. Se você tem um propósito na vida, se você faz dessa vida uma oportunidade de crescimento, aprendizado, aprimoramento e nobreza, desperte para o seu tempo. Precioso e único. Indispensável para a prática de tantos acertos, de tantas lições...não deixe que o atraso coloque você em posição desfavorável. Porque é isso que acontece com aquele que chega  tarde na aula, na missa, no trabalho, no médico, na vida e no coração do outro.
Ame o seu tempo como você ama aquilo que te levou a assumir aquele compromisso...e não falte! E nem se atrase.
Até o próximo post, já que eu tenho muitas, mas muitas coisas em atraso na minha vida e não posso assumir uma compromisso com vocês e dizer quando volto.
Porque a minha vida ficou para trás, junto com tantos compromissos que assumi e não cumpri...ou que me atrasei em cumprí-los.
Beijo grande.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

sexta-feira

O almoço quase pronto, um acordando, outro na escola, outro exalando cheirinho de fralda suja..tudo isso numa casa ensolarada pela generosidade do inverno que não deixa a primavera aparecer antes do tempo.
Resolvi sentar e escrever.
Já liguei para ouvir a voz do amado, já compartilhei foto de beijo em Paris (não minha, ainda! ), fiz cama, tomei café, estou pensando freneticamente na vida.
No trajeto de volta para casa, mais cedo, depois de deixar a moçona na escola, vim pedindo à Deus que me orientasse os próximos passos.
Gostava quando ia aos pés de Nossa Senhora Das Graças, pedir metodicamente as coisinhas que queria e Ela, sem cerimônia alguma, me mandava aquela avalanche de bençãos. Tudo e mais um pouco!
Agora estou mais reflexiva, tenho caminhado por outras estradas, feito novas descobertas mas tudo que leva ao encontro de Seu amado filho Jesus!
E tudo que vai de encontro ao nossos amados filhos ganha um sabor especial, diferente, doce.
Ontem teve apresentação do meu menino na escola. Sempre adorei essa coisa de acenar no escuro do teatro para filho iluminado no palco, tirar foto, cantar junto, prestigiar...e ontem, mais uma vez, eu estava lá!
E foi lindo!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Vontade de escrever

Nem sempre o título do post é condizente com a postagem em si mas nesse caso, seja qual for o tema abordado, veio da vontade de escrever.
O blog andou parado, atrasado, muitos assuntos, pouco tempo, saudade de vocês.
Tenho lido bastante coisa, refletido sobre temas atuais e nem tanto assim...tenho assumido alguns desafios que considero importantes, não na grandeza mas na coragem de executá-los e consequentemente, mudado de estratégia, de opinião, de postura diante da minha realidade.
Os filhos estão crescendo, o tempo está passando, minha vovó faleceu, estou ocupando lugares de destaque, de responsabilidade, passando por mudanças no trabalho, em casa, de endereço e de mentalidade.
Meus pais estão envelhecendo, eu também, tive cistite, minha gata passou 3 dias sem ração, fiz uma torta de maçã deliciosa, meu namorado não gosta de ser chamado assim, quero casar com ele, fez frio, nevou e eu não vi, pintei a unha do pé de vermelho, coisa que não fazia desde o ano passado!
Passam os dias, a vida...dou o meu melhor.
Hoje é quinta-feira e está Sol.
O Sol não está. Ele é Sol, sempre...
E você? Está você ou é você hoje?
Porque tudo muda...você mudou, mudei também...adeus amor, adeus...e fim!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Enganando mais uma vez...

Pois é...para exercer a sua verdade, ela precisa enganar. Enganar àqueles que não suportariam a sua verdade.
Tem aquele dito 'doa a quem doer' mas ela ainda não teve a coragem de despejar toda a dor em cima daqueles que não suportariam encarar a sua verdade.
Ela é verdadeira na dor e na alegria mas está sempre com seu freio de mão puxado porque acreditou a vida inteira que sua felicidade era pecaminosa e não cabia no que fora estipulado para sua vida.
Quando ela percebeu que poderia manipular seu roteiro, previamente imposto por quem declarara a sua pseudo felicidade, então ela foi enganar para que ninguém mais a enganasse.
Ela já não permite que lhe digam que ele não presta e que aquela escolha é errada.
E foi assim sempre que precisou ser ela mesma. Curiosamente, suas escolhas foram, analisando de fora, as opostas as que lhe impuseram.
Poderia haver um acordo...mas não! E talvez por isso, por essa pirraça, tantas escolhas a teriam levado para uma vida pequena, menor do que aquela que ela merece e deve ter.
Ela descobre que pode ter mas ainda tem uma corrente, por mais fina que esteja ficando com o passar do tempo, mas que ainda lhe prende àquele roteiro e àquela autora de sua vida pequena, que não causa ameaça nem inveja, nem incômodo, nem gradeza.
Tem pessoas que só crescem na pequenez do Outro. Não sabem ser grandes sozinhas...precisam diminuir o Outro para parecerem grandes, nem que sejam para si próprias. Porque o mundo lá fora percebe que são pequenas, mas quem está envolvido, quem nasceu nesse berço doentio, ainda carrega a sensação que alimenta a grandeza do outro e consequentemente a sua pequenez.
Cresça, menina, cresça! E tenha a coragem de dizer para quem quiser ou não ouvir, porque na verdade, ninguém é surdo ou cego o suficiente para não perceber a felicidade e a verdade do Outro.
Seja feliz mas se precisar ainda enganar o Outro para fazer prevalecer a sua verdade, então que engane.
Porque já não é a sua verdade que engana mas a do outro que só consegue viver se for enganado.
Vai lá ; )

sábado, 13 de julho de 2013

Dois temas, uma emoção...

Achei que era tristeza mas era só...o fim!
O fim como 'fim da vida' e como 'fim da picada', mas fim!
O fim da vida, comento depois porque vou chorar baldes mas o fim da picada fica por conta de ter ouvido recentemente que não tenho hobby.
A pessoa que me fala essas coisas é quase um guru, alguém que respeito e que seja por qual via for, me ensina coisas de outra forma, nunca teria aprendido.
Aprendizado como esse dói mas não abro mão dele (do ensinamento e do mestre)
E quando ele mandou na lata, sem aviso prévio, de que eu não tinha hobby, passados alguns segundos iniciais de espanto, disse que não o tinha por falta de tempo.
Ele alegou que tempo não existe ou é algo que fazemos quando queremos...e concordo...mas para os outros. Para mim, a falta de tempo é questão de prioridades administradas e que me impossibilitam de exercer um hobby.
Aí pensei até no hobby que ele vem desenvolvendo e imaginei que se no auge de sua criação, uma criança chegasse querendo mamar e outra fazendo barulho ao longe e outra, um silêncio preocupante que lhe tirasse a inspiração ou a concentração que um hobby exige, como seria?!
Mas a culpa não é das crianças. Prioridade é a palavra.
Se quiser, posso realizar meus hobbies mas ficaremos sem almoço, sem luz, sem uniforme, sem banho. Alguém pagará o preço do meu hobby, que eu realmente entendo como aquele momento dedicado exclusivamente para a realização de uma tarefa prazerosa.
Escrever meu blog é um hobby mas sempre tem alguém pendurada no  peito, ou cantando ao fundo, ou queimando arroz...
Vivo de intervalos, já falei isso e no meio de cada intervalo, desenvolvo tarefas inacreditavelmente bem realizadas...e isso não é hobby, é missão bem cumprida.
Ah, sei lá. Me senti meio pra baixo com essa observação. Quando uma pessoa que lhe é importante faz uma crítica, a gente se sente meio sem jeito e eu, quase ofendida fui pensar se não tenho ou não aparento ter um hobby, mas entendi mais uma vez e para mim, não para o Outro, que sou responsável por tarefas que pessoas de hobby jamais poderiam ter...mas acho que me cabe um hobby, ainda que envolva dinheiro, tempo ou amor.
Sempre agradeço às observações construtivas e refletindo sobre todas elas, me esforço em tornar-me uma pessoa melhor. E agora, com hobby ; )

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sempre tem algo a dizer...de bom!

Pois é...quando ela ouviu que a outra não tinha mais nada a dizer, deu-lhe um desânimo, uma tristeza...daquelas que ela já vinha acumulando nos últimos dias, de chuva e de reflexão.
Então passou-lhe pela cabeça o tanto de coisas que aquela pessoa poderia dizer ao invés de calar-se, não só naquela situação específica como também no decorrer de toda uma vida em que a oportunidade de dizer alguma coisa, foi trocada pelo silêncio ou por palavras hostis...não sei o que foi pior.
Mas ela saiu como quase sempre, calada e de cabeça baixa. Não porque seja covarde, boazinha, bobinha...mas por ser sábia.
Ela sempre se convence de que calar-se, por qual motivo for, ainda é melhor do que deixar crescer algo que vem de gente tão pequena.
Mas seguiu seu rumo remoendo o que ouviu...e pensou que só ouve porque não fala. Ou em outras palavras: permite que o outro diga o que quer, com doses cavalares de perversidade, por não colocar limites àquilo que quer ouvir.
Você tem o direito de falar o que quiser, mas eu tenho o direito que querer ouvir ou não. E o que você fala permite ao outro reagir da maneira que ele puder ou quiser. Se não quer pagar o preço da sua língua, então fique calado.
E foi pensando nisso até que resolveu ligar para aquele que nos últimos tempos, tem sido o autor de palavras doces, sinceras, leais e elucidativas sobre temas delicados mas sempre suaves e amorosos naquela voz e naquele coração.
E ele foi taxativo e disse sem rodeios que ela estava pesando mais no que não queria ouvir, não permitindo ouvir outras falas, de pessoas que realmente tinham algo bom para dizer.
Ofensas gratuitas, desnecessárias, que colocam a pessoa para baixo...tudo isso parece ter um peso tão grande...principalmente aos ouvidos sempre sensíveis dela...que a vida inteira ouviram ameaças de abandono, críticas e acusações perversas. E de repente, uma voz...aquela voz que ela sonhara ouvir todas as noites da sua infância precocemente amadurecida, estava ali para lhe provar o contrário.
Emoções à parte, o que ficou de lição naquele fim de tarde, foi que o vento poderá sempre trazer maledicências mas quando assumimos o leme e direcionamos nosso vento, rumo ao que de fato queremos e merecemos ouvir, ele, inevitavelmente, nos trará palavras de benção, amizade,. carinho, apoio...AMOR.
Fiquemos atentos às palavras que sussurram em nossos ouvidos...você saberá quando o que acabou de ouvir, é mensagem dos anjos ou demônios, conforme a leveza ou não de seu coração...ambos estão por perto....mas o que pesa e põe pra baixo, deve ser desprezado, como tudo o mais que sai na urina...ou nas lágrimas, ou se apaga quando a voz do anjo vem contradizer tudo e elucidar o seu mérito em ouvir coisas boas.
Quando ela refletiu sobre isso, agradeceu aquela língua podre, de hálito insuportável, por através de suas palavras hostis, ter reforçado e valorizado ainda mais o que de fato merece e deve ser dito e ouvido.
Ela perdoa mas definitivamente, não concorda com uma vírgula daquilo...então, transcende...porque está na Luz e lá não se proferem nada parecido com isso...por isso dói mas depois, entende e sorri...como Jesus Cristo, diante da ignorância daqueles que o julgavam...fica com seu veneno...ele já causou dano, pelo visto, irreversível, mas conte com ela...Ela está cada vez mais afiada...na arte de proferir palavras de amor e de silenciar com cada vez mais sabedoria.

sábado, 1 de junho de 2013

sábados ensolarados de outono

Porque hoje é sábado, tem Sol lá fora e podemos fazer o que quisermos!
Viva a liberdade de viver, ainda mais se for um dia lindo como o de hoje.
Não importa se seu amor dormiu com você mas não rolou nada...o que importa é que ele esteve junto, quentinho e gostoso.
Não importa se a geladeira está vazia. Vale o coração cheio e o sorriso que enche barriga.
Hoje é um excelente dia para repensar coisas, lavar as cortinas, cutucar as unhas com aquele alicate cego, ver filme, estudar, postar no blog, tomar café, sair pelas ruas, ver vitrines, fazer um bolo...pede ovo pro vizinho e faz!
Passei para dizer que existe vida lá fora.
E sempre que penso nisso, lembro que para muitos a vida está encarcerada, em paredes frias de presídios, hospitais, orfanatos, asilos...
Ás vezes estamos numa casa cheia mas com a alma vazia.
Ás vezes estamos num quarto de hospital e melhor acompanhados do que em nossa própria casa, com aquilo que nos foi dado como família.
Tem graça em toda parte. Tem vida. Tem Sol.
Sempre digo que lavar um copo já é vida. Que fazer a cama já é progresso.
Imagina passar aquela cordilheira de roupas estagnadas ali na sala, esperando por aquele ferro quente e cabides coloridos para serem penduradas num armário cheio de outras coisas!
Ah, vai dizer que já não achou motivos para agradecer?
Tenho o propósito de não criticar ninguém, por 24 horas. Se conseguir, aumento para 1 semana, depois 1 mês, 1 ano, uma vida!
O mesmo deveria ser feito para a gratidão. Ver, perceber, sentir ao menos 1.000 coisas durante 1 dia, merecedoras de agradecimento...quer saber? Vai ser pouco! Treine a sua mente para agradecer e verás que são inúmeros, infinitos, os motivos para se dizer "muito obrigada".
Comecei hoje, pelo Sol. Pelo Outono, que eu adoro. Pelos filhos, sempre! Pelo amor que saiu cedinho e deixou um beijo molhado na minha boca.

É tudo! É sempre.
A vocês que estão lendo meu blog, muito obrigada ; )

terça-feira, 28 de maio de 2013


Sabe, tem certas coisas que a gente sente, fala, pensa, respira, ama, vive e não sabe explicar.
Amor como o meu por você, só sentindo...é meu.
Ninguém poderá saber o que eu sinto por você. Mas você pode chegar perto do eu sinto.
Eu te amo e não sei dizer. Eu te amo e não sei como isso foi acontecer. Mas eu amo.
E quero amar pra sempre embora saiba que não adianta querer, só me render...ao AMOR que veio pra ficar...que sempre existiu e que NUNCA deixou de AMAR.

Mentiras sinceras ou falsas verdades?

Então resolvi responder a pergunta indiscreta que ele nunca se atrevera a fazer-me. Nem essa nem nenhuma outra nesses anos todos.
Sempre tivemos, apesar de muita intimidade, um certo zelo, por auto proteção até, de invadirmos o passado um do outro.
Isso também nos serviu de motivo para muitas brigas, já que fantasiávamos em cima daquilo que não sabíamos  e nem queríamos saber.
Mas ontem ele tomou coragem para me perguntar algo de meu passado, de minha vida, que eu nunca mencionara nem tinha planos de fazê-lo.
Pela dificuldade em responder, ele já soube a resposta e como sempre, manteve-se elegantemente focado no assunto em questão, sem maiores detalhes.
A minha questão era se naquele momento eu estava me abrindo para um amor, um amigo, alguém fundamental pra mim ou se estava me expondo diante de alguém com essa importância toda a ponto de decepcioná-lo.
Não queira nunca dar a alguém esse poder. Inevitavelmente, você se torna eternamente aquém. Ninguém se iguala a Deus.
Meu Deus estava ali, docilmente ouvindo minha história. E como sábio que é, percebeu que era só dar o start.
Em minutos, ele teve acesso a algo que eu não pensava desde aquela época, do ocorrido.
Terminamos a conversa de forma amorosa e amistosa. Fiquei emocionada e não quis pensar mais nisso. Estaria fantasiando em cima dos seus pensamentos...o que ele estaria achando daquilo tudo?
O julgamento dele me é importante.
Hoje liguei para sondar seu comportamento, sua voz, sua reação.
E lá estava ele, quieto e silencioso como geralmente é. Desespero para mim, sem instrumento para detectar possível diferença.
E liguei de novo, passado um tempo...ele de saída, amorosamente delicado e silencioso.
Mais angústia.
Quando a gente ama, a gente não quer decepcionar o outro e ser motivo de admiração e respeito é o alvo da relação. Mas...quem não tem seus segredos?
Não me julgue. Me ame.
Nessa história toda, até aqui, passamos por estradas esburacadas, sombrias e sujas mas que nos mostraram o horizonte, límpido e prometendo paisagens ainda mais encantadoras...a verdadeira paisagem, fundo para a linda história que vivemos. Não no passado, mas que vive eu, vive você, hoje, à partir de hoje, para o todo sempre.
Obrigada à essas histórias e pessoas que nos conduziram à esse encontro na vida, entre mim e você, para contarmos doravante,a  nossa própria história.
te amo.
Não há porque pedir-te desculpas mas eu peço. Por você ser importante pra mim e saber de mim o que eu queria esconder de mim.
Mais uma lição. E Deus me mostra quem é quem e aonde vou chegar...não importando de onde vim, mas com quem estou e para onde vou. E só belas paisagens consigo ver no nosso horizonte...vem comigo, fica comigo.
Obrigada por ser meu amigo...como nunca tive, como nenhum outro amigo o foi.
Te amo de novo.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Época de provas e provações

Principalmente nessa época, costumo dizer que estamos em período de provação e não de provas, porque a movimentação aqui em casa muda completamente.
Ainda não sei lidar com aluno que chega na semana da prova e não sabe a matéria que vai cair. Ou quando sabe, vai lá fazer uns exercícios e percebo que ele não consegue porque não entende nem o enunciado.
Quem está na "situação-problema" sou eu!
Então voltei lá e vi duas continhas feitas com capricho e resultado absurdo. Expliquei. Tem a insistência do aluno em convencer a si mesmo de que houve um engano, que o cálculo está certo, "mas foi isso que eu fiz!" e a constatação de que está tudinho errado.
Mais uma tentativa.
Cadê a mãe?
A "professora" segue impaciente e decepcionada com esse aluno mas a mãe está desesperada porque prevê horas de estresse programado até a partida para a escola.
E se a mãe não estressar? O aluno vai tirar nota baixa e o filho sofrerá consequências, como constrangimento perante os familiares e colegas, comprometimento na aprovação no final de ano, mais matéria para estudar na recuperação...
Mãe e filho, professora e aluno...funções que se misturam nessa manhã e que vão render ainda muito estresse, por não saberem, eles, quem são ou deveriam ser e poderem, enfim, exercer o papel que lhes cabem.
Função e papel: é isso! Quem é quem nessa história e o que pagarão pelo final nada feliz?
Mantenho vocês informados.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Inveja do Bem

Ah sim, essa pode!
Inveja é uma palavra feia mas que bem empregada na vida de uma pessoa pode ser aquele empurrãozinho que faltava para a pessoa chegar aonde queria.
Tem a inveja paralisante, que faz a pessoa estagnar-se naquele objeto invejado e não produzir nada que o faça conquistar algo próximo ou semelhante.
E tem a inveja positiva, produtiva, daquela que a pessoa gosta, se identifica e quer ter ou ser igual.Então, ao invés de num movimento quase psicótico, mover mundos e fundos para garantir êxito na conquista, a pessoa descobre maneiras plausíveis, saudáveis e até mesmo estimulantes, de conseguir aquilo que inveja.
Aqui, coloco a inveja como desejo por algo de outrem...mas a inveja também é o desejo de ser, e não, ter, o Outro ou o que é do Outro.
Tenho acompanhado uma pessoa que vem fazendo enorme sucesso com seu trabalho, o qual sigo com muito interesse, por sentir-me em total sintonia com o que essa pessoa faz.
Falo da inveja porque esse já foi tema de um de seus inúmeros trabalhos e penso que se por pura afinidade e sintonia com os temas por essa pessoa, abordados de forma didática mas também, extremamente cotidiana, agradável, simples mas cativante, eu também seguisse por caminhos semelhantes, se isso seria uma inveja no sentido de estar no mesmo caminho almejado por mim e já trilhado e muito bem conquistado por essa pessoa.
Isso, se fosse à título de inveja, poderia gerar um daqueles sentimentos vampirescos de sucção de energia ou tão-somente, servir de inspiração para que eu, euzinha, dê conta de fazer a minha parte para seguir rumo ao sucesso, que existe para todos e do qual sou merecedora, assim como a pessoa que ao invés de me gerar inveja, me causou profunda admiração e inspiração.
É isso!
Confuso?
Não, natural...como tudo na vida.
A inveja não é natural..chamemos então, de inspiração. Melhor, mais nobre, mais agradável e mais verdadeiro.
Boa sorte a todos que tem algo ou alguém que servem de motivação para a obtenção dos desejos materiais, pessoais, espirituais e tantos "ais", que aqui não soam como gemidos, mas como gritos de conquistas e vitórias.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tudo tão simples...e esquecido.

Ah, sim...é preciso dizer que tudo é muito simples...nós que complicamos.
No caso aqui, esquecemos mesmo.
Falo de hábitos, de costumes, de tradições, de culturas, que sempre existiram mas que transitam pela humanidade, ora vindo ora indo embora e deixando o oposto em seu lugar.
Parece que para descordar de alguma coisa precisamos ir contra a corrente, fazer o oposto do que era feito até então.
Basta observar adolescente em crise, que a mãe pede para arrumar a cama e é o mesmo que pedir para ele desarrumar a mesma.
Não existe um consenso. Eu não sou obrigada a concordar com o que você pensa mas posso conviver com o seu pensamento e o meu, sem crise, achando um meio termo ou cedendo simplesmente. É fácil ceder, o que nos impede é o orgulho.
Aí vem uma sociedade que te diz que mulheres não devem mais ser como as de antigamente. Que mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho, que mulheres tornaram-se independentes e isso e aquilo. Então, tudo o que se conhecia sobre mulheres passa a ser negado e visto como o contrário.
E elas chegam com suas calças, suas posturas agressivas, sua independência capaz de assustar qualquer homem e ganham terreno no cenário competitivo e exclusivamente masculino.
Passa um tempo e os antigos valores são resgatados seja porque a sociedade cansou, seja porque porque elas cansaram, seja porque tudo na humanidade chega num patamar que depois só retrocedendo.
Assim caminha a humanidade: vai e volta nos seus conceitos e valores.
E voltamos, dentro do contexto feminino, à conduta pacificadora e dócil da mulher, que esteve sumida nos últimos anos, décadas mesmo e tanto transtorno causou.
Tivemos vitórias, tivemos conquistas mas a que preço?
Por que estamos voltando ao velho conceito da Amélia? Por que queremos nosso lar, nossos filhos, com o gostinho da liberdade que conquistamos com a nossa última ida?
Voltamos conscientes de nosso potencial, do que somos e do que podemos alcançar. Mas sabe o que realmente queremos? O que nossas avós já tinham e nunca reclamaram.
Elas eram felizes e sabiam. Talvez tivessem uma ou outra frustração, mas regadas pela tranquilidade de um lar posto, de um marido, de refeições servidas na hora, de netos, de pão, de missa, de vizinhança.
Não me atirem pedra!
 Vamos lá trabalhar, fazer valer nossos diplomas. Vamos trocar de carro e comprar aquela bolsa maravilhosa. Vamos lá na nossa academia malhar o abdomem que a nossa avó não tinha.
Mas vamos ser mulheres.
Vamos ser dóceis.
Vamos ser donas de nosso lar, de nossas histórias carregadas de emoção e não de estresse.
O que as mulheres tem para contar hoje em dia?
Que ficaram presas no trânsito e transaram com aquele carinha da balada que estavam azarando. Que ninguém presta no trabalho, que elas estão de dieta e que o esmalte descascou.
Ai gente, é só um desabafo de uma mulher que não aguenta tantas outras com esse papo cansativo, vazio até...
Precisamos de nossos príncipes, de nossos reis, de nossos heróis, de nossos homens. Ora para levar-lhes o chinelo, ora para levá-los para cama.
Sejamos mulheres!
Mulheres que criam homens, mulheres que usufruem desses homens maravilhosos. Mulheres inteligentes que sabem até onde podem ir mas que preferem, por pura sabedoria, continuarem onde sempre estiveram, onde foram colocadas desde o início: no comando! Sem fardas, sem armas mas sendo o pescoço da cabeça que eles, os homens acham e devem continuar achando que são.
Falei!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

auto...punição ou sabotagem?

Como se não bastasse estar tudo bem, ela resolveu dar uma mexidinha...e ficou tudo estranho...agora paga o preço da angústia.
Não, nada de drama, nada de errado. Só resolveu cortar uma franja nada a ver com o seu perfil e desde então, não sai da frente do espelho, meio que tentando alisar e tirar o volume do que já nasceu para ser fio reto.
Agora aguenta!
E o rei foi claro em dizer que mexeu em time que estava ganhando e perguntando logo pela insatisfação interna que a fez mudar externamente.
Ah, sim! Para tudo se tem uma explicação de cunho espiritual, psicológico, energético, filosófico, etc e tal.
Mas acho que ela só queria mesmo era cuidar dela um pouquinho...ter o gostinho de sentar-se frente ao espelho, no salão...gastar mesmo um dinheirinho com ela e...mudar!
Nada por fora e nem por dentro...só ver qual é, como fica...brincar! Sem maiores explicações, sem ferir ninguém nem ela mesma.
E começa a gostar porque sua autoestima é auto mesmo....não é baseada no critério de avaliação do Outro.
Ela gostou ou vai aprender a gostar da sua franja...pelos próximos longos meses...e quem não gostou...que espere, que aprenda a gostar...que transcenda...porque franjas crescem. Amor e admiração também...ou podem ser cortadas conforme as exigências de quem se diz amar e admirar.
Porque o bonito mesmo é a coragem de sentar lá e pedir para o profissional cortar, é meter a mão no bolso e investir na mudança, na coragem, no tempo, na aventura, na diversão, no elogio dos filhos, na alegria de estar viva!
Amei minha franja e fim de papo.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Feliz Novo! de novo!

É feriado, dia primeiro de maio, aquele no meio da semana, com cara de sábado, que deixa  a gente meio perdida.
Ainda me lembro que feriado bom era quando eu tinha meus 15 anos, indo para Saquarema, sem protetor solar...só alegria...e sem me preocupar com o que ia comer nem onde ia dormir.
Uma das implicâncias que tenho com a vida, a idade, o tempo, sei lá, é essa coisa de mudar de lugar...antes alguém preocupava-se comigo e era tranquilo demais, dormir e acordar pensando só naquela prova de matemática que eu teria de estudar daqui a 2 semanas...e quando a barriga roncava, já saía aquele cheiro bom lá da cozinha. Era a tia, a avó, a mãe, alguém que providenciava as minhas necessidades.
Hoje eu já acordo sabendo que preciso correr na padaria para comprar o pão das crianças (que um dia fui) e ligar o fogão ás 7 e meia da manhã para cozinhar o feijão do almoço que precisa sair pontualmente ao meio dia...Digo que meu luxo hoje seria alguém a quem pudesse delegar essas tarefas e só ter o trabalho de sentar-me à mesa, como quando eu tinha 15 anos. Claro, tudo isso, com muita saúde e alegria.
É preciso mandar a mensagem correta para o Universo ou caio doente e tenho uma enfermeira 24 horas para me dar a comidinha na boca.
Não! Não é isso! É despreocupação mesmo! É a tranquilidade de um feriado aos 15 anos de idade, com praia, música, primos e comidinha gostosa. É família, amigos, roupa lavada e comidinha na mesa...vovó tirando semente de melancia, uma a uma, para eu comer. Titia trazendo o refrigerante e fazendo o empadão de queijo que eu adoro.
Mas sabe o que isso me trouxe?
O aprendizado!
Porque se hoje me preocupo em atender as necessidades das crianças que hoje tenho, é porque alguém também se preocupou com as minhas.
Eu tive quem cuidasse de mim, quem me fizesse aproveitar um feriado, aos 15 anos de idade.
Que orgulho poder preocupar-me com o bem estar de outras crianças, de outras pessoas, no feriado de primeiro de maio e sempre! Porque o bom não é preocupar-se mas ter com quem preocupar-se...melhor ainda quando a preocupação é prazerosa, é positiva, é produtiva.
Porque a vida é dar...o recebeu ou o que nunca teve...mas aprender a dar o melhor de si, o correto...eu dou porque eu quero, porque eu amo, porque me deram, porque eu posso!
Obrigada a todos que me proporcionaram feriados tranquilos no decorrer da minha vida e obrigada por ter a quem proporcionar ao menos um feijãozinho cheiroso nesse feriado de hoje.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sintonia

Quando não percebemos nossa sintonia, seguimos pela vida, pelo dia, pelos compromissos e pensamentos, gestos e atitudes, sempre sem a consciência exata do que estamos fazendo.
Mas quando sentimos e buscamos saber qual ou com quem estamos em sintonia, podemos rápida e efetivamente, mudar toda a nossa história.
Fácil saber se quando nosso dia começa ruim e termina pior, que a nossa sintonia está com o lado nebuloso, seja astral, espiritual,material, etc. Porque o carinha te fecha no trânsito e você metralha todos os palavrões que você conhece, contra ele e suas gerações passadas e futuras. E quando seu filho chora, você grita e quando seu marido chega, você reclama, e quando sua chefe te cobra, você fuzila com seu olhar, até mesmo a sua alma.
Ou seja, é o caos instalado numa pessoa sem domínio, ou melhor, dominada pelo plano inferior, incapaz de tomar as rédeas da situação e transformar treva em luz.
Mas quando essas mesmas situações cotidianas, por acaso aparecem na sua vida, no seu dia e você está sintonizada com o que é belo e pacífico, pode apostar, que o carinha não vai te fechar no trânsito, seu filho estará calminho, seu marido, um fofo e sua chefe, a melhor de todas! Tudo fluirá na mais perfeita ordem.
Acabei de sair da loja que diariamente marco ponto para comprar meus chocolates e a atendente, que sempre sorriu mas nunca falou, hoje resolver desabafar. E qual não foi o discurso além de queixas de dores e quedas e broncas de clientes e sistemas fora do ar e blá blá blá...minutos antes, uma pilha de latas de refrigerantes havia caída em cima dela...bruxa solta total!
E vai dizer que essa pessoa está sintonizada com coisas boas?
Que pensamentos devem pairar sobre sua cabeça?
Sim, nossos pensamentos, com certeza, materializam situações semelhantes, de pura sintonia com aquilo que pensamos..
Experimente passar o dia inteiro com aquele pensamento de que sua sogra é chata, seu marido ingrato, seu chefe isso, sua mãe aquilo e perceba quantas latinhas de refrigerante cairão sobre você.
Tema batido, já se ouve falar sobre isso, mas me senti comprometida a repassar para quem interessar possa, para quem essas palavras chegarem aos olhos e/ou ouvidos.
Sintonizem-se na máxima frequência com o que é belo, próspero e saudável e só coisas belas, prósperas e saudáveis virão.
Boa sintonia pra vocês ; )

terça-feira, 16 de abril de 2013

Dando uma (postada) rapidinha ; )

E quem não gosta de uma rapidinha?
Eu, particularmente, não gosto. Se tiver de escolher, prefiro a demoradinha mesmo. Mas é que nem sempre dá para escolher, né? E quando é rapidinha, a gente só percebe quando acaba...e fica aquele gostinho de quero mais.
Bom, tomara que aconteça isso com a postada de agora, rapidinha!
Enquanto as crianças silenciam por alguns instantes, arrisco dizer que a melhor hora do dia, é a noite.
Porque dá aquela parada, tudo se encaminha para o silêncio reflexivo, contemplativo, agradecido, de mais um dia vivido.
Gosto de pensar no alimento comido, na roupa vestida, no carro dirigido, no paciente atendido e por aí vai...até no post publicado.
Descendo as escadas do prédio, com a neném no colo, apressada para pegar os dois mais velhos na escola, agradeci à Deus pelas pernas, pelo salto, pelo equilíbrio, pela caçula cheirosa ali no colinho e os outros dois a minha espera. Como é completa a vida de quem agradece!
Eu reclamo e as vezes sou super ingrata...mas abafa! Porque quando ela, a neném, me acha, ou melhor, acha o meu peito e pede "mamá", sei que é mais um daqueles momentos, rapidinhos, de amor e lamento porque nem sempre dá para postar e amamentar...mas imediatamente corrigido para mais um daqueles momentos sublimes, de gratidão eterna, pela oportunidade de ter e viver a experiência de ser quem eu sou, de estar onde estou, sem faltar nada nem ninguém.
Tudo muito rapidinho, como é a vida, que a gente só se dá conta quando perde, quando crescem, quando não se reconhece.
Beijos demorados de um post rapidinho.

quinta-feira, 21 de março de 2013

se ela morresse hoje

Deixaria lembranças boas sobre sua personalidade.
Diriam que ela sempre foi meiga, carinhosa, uma boa menina, sempre doce. Talvez ficasse brava, por influência alheia...e lembrariam de algum caso isolado, de alguém que pudesse levar a culpa por algum deslize seu.
Mas falariam da sua alegria de viver, da sua beleza, da sua amizade, da sua boa disposição em ajudar os outros.
Ela seria lembrada pelo sorriso de boca fechada, de seu olhar de ladinho, com a cabeça inclinada, uma coisa meio tímida, envergonhada. Alguém poderia interromper esse momento para lembrar que ela sabia ser forte e quando precisava desfazer o sorriso para impor sua vontade...ninguém segurava.
Alguém muito próximo poderia falar então desse outro lado, um pouco envenenado, daqueles que fazem o morto revirar no caixão, mas que exaltaria a força de sua personalidade, arredia com aqueles que lhe representavam algum tipo de ameaça.
Ela era realmente uma menina encantadora.
Imagino filhos acariciando seu rosto, chorando a sua perda, a sua falta. Ela completava, preenchia o dia, a vida, a fala, a necessidade de todos. Ela era onipresente na vida das pessoas que amava.
Alguém poderia chegar de mansinho no velório, olhar cabisbaixo...lembrar mais uma vez do sorriso dela, aquele sorriso que iluminava a casa. E o café que ela fazia? e o cafuné?
Ela era mais do isso.
Era uma mãe divina, uma profissional apaixonada pelo seu trabalho. Ela era destinada ao amor apesar disso e queria a todo custo montar um lar, uma casa, uma família.
Chegou perto e ele estaria ali também, sério, compenetrado, relembrando talvez a vida que tiveram juntos e a história que construíram. Chegaram quase lá e ele estaria orguhoso de ter feito parte dessa história, tão peculiar, tão dela.
Amorosa seria a palavra definitiva.
Ela foi mais amorosa do que outra coisa. Sua avó que o diga...ou sua ex sogra, sua tia, suas amigas mais próximas, alguns ex namorados, pacientes, pessoas que conviveram com ela anos antes.
Sim, ela dividiu águas de uns tempos para cá. Algumas pessoas acharam que ela tornara-se calma, passiva mas haviam reparado na falta das lágrimas que ela insistia em derramar por qualquer motivo.
Ele, talvez o responsável por essa mudança, estaria ali para defender a tese de que ela ficara mais feliz, e por isso não havia mais a necessidade de chorar tanto.
Mas ela morreu sabendo que precisava retornar ao seu antigo eu...o da menina que agora todos lembravam e queriam de volta.
Seu irmão estaria sério, em um canto, providenciando as flores mais bonitas e todo o cortejo repleto daquele glamourzinho que ela também apreciava.
Poderiam lembrar, não na hora mas depois, das músicas que ela gostava e que falavam tanto da sua personalidade. Eram músicas que ela sabia cantar e gostava de fazê-lo.
Olha, pensando bem, poderia haver aqueles ali presentes ou não, que lembrariam dela como aquela que se foi e não pagou...a padaria, a manicure, a empresa de gás, luz, telefone.
O importante é que ela se foi e todos ficaram tristes...o que fazer com as suas roupas?
lembrariam dos saltos que ela amava usar?
as calças jeans que ela pensava agora abandonar, quase aos 40?
Sabe, ela está triste e sente-se perdida, sozinha, como num velório..todos olhando e sentindo falta daquela que não está mais ali...o corpo segue presente mas cadê ela?
Ela foi embora e nunca mais voltou...só esqueceram de enterrar.
Mas existe uma maneira de fazê-la voltar...por enquanto, só na lembrança dos entes queridos...mas em breve, na sua ressurreição, da carne e do espírito...
Ela ainda está entre nós, não morreu mas adormeceu.
A campanha que consola é a da volta daquela que não se foi mas que esqueceu de voltar num processo de quase morte.
Vamos falar mais dela como fazemos com os mortos de verdade...falar da dor faz amenizar...vamos esgotar todas as possibilidades de ela voltar e ser novamente aquela que queremos, aquela não queremos que se vá..
E enterrarmos, definitivamente, a que ficou...

terça-feira, 19 de março de 2013

Tentando postar...

Porque relendo os posts antigos vi que tem tanta coisa legal sendo dita por aí...é só estar atento e muitas vezes até, ter paciência para ler a introdução de alguns assuntos que lá pelo quinto ou sexto parágrafos, começa a dar uma profundidade a assuntos, que pelo título apenas, não daríamos muita credibilidade.
Eu gostei do que li e espero que até agora, os quase 200 acessos, também o tenham.
E hoje podemos falar de...amor novamente?
Sei lá...tem gente que entra no meu consultório para falar das mais variadas espécies de amor...e amor de mãe pode ser um tema legal...dependendo da mãe, dependendo do amor.
Tem mãe que dá um carro mas não dá um beijo.
Tem mãe que só dá beijo.
Tem mãe que não dá nada e tem mãe que dá de tudo.
E filhos sempre se queixarão da mãe. Ela sempre levará a culpa, segundo Freud e segundo a realidade. Mãe está sempre em falta, mesmo quando excede.
Amor de mãe é um tema legal que em muitos casos, fazem filhos chorar...de rir.
Ser mãe é patético porque quando dotadas de alguma sanidade mental, com a qual me identifico, são ridiculamente apaixonadas e tudo que os filhos fazem, inclusive na fralda, é motivo de festa e orgulho.
Formo filhos seguros no quesito aceitação mas temo pelo susto que levarão quando essa mãe aqui não estiver mais por perto. Nenhuma síndrome de Nossa Senhora, que tudo faz e tudo protege mas exatamente por estar excessivamente ao lado deles e tomar à frente das suas necessidades, das duas uma: ou ficarão felizes com a minha ausência, ou totalmente perdidos.
As duas opções são péssimas mas farão, cada uma à sua maneira, com que eles rompam com a condição de filhos para tornarem-se efetivamente, pessoas. De bem!
Bom dia!

terça-feira, 12 de março de 2013

Falando de amor...

Porque a gente sempre encontra quem nos fale de amor.
Porque meu consultório enche de pessoas de todas as idades, gêneros, cores, status, religiões...para falar de amor.
Aí eu ligo uma dessas redes sociais e ele, amigo querido, irmão, está lá para falar de amor.
É tão bom falar de amor, pensar no amor, amar. E sofrer, apesar de não ser nada bom, está lá e faz parte do amor.
Então ele estava sofrendo e aqui pra nós, ver homem sofrer por amor dá um gostinho bom, inconsciente mas que sabemos que se trata dessa vingança feminina e cultural de que o homem sempre é aquele que faz sofrer e a mulher ocupando sempre o lugar da vítima sofredora.
O homem abandona, pelo menos nas histórias, nas novelas, na casa da vizinha.
E quando um homem vem dizer que foi abandonado, que ela se foi e ele está perdido...oh, céus!
O tempo, a modernidade, sei lá o que, deu ao homem o direito de ser...alguém que ama. E que n]ão esconde isso e que não abandona antes de ser abandonado.
Gosto de pensar no amor como algo equalizado e tenho aprendido a amar como nunca amei antes, mesmo acreditando que amava.
E quando ele me pergunta o que é amar, eu não sei dizer, mas digo que o amo.
E acho que achei a fórmula: amor não tem definição e eu não vou tentar nem fazer com que você entenda o que eu estou querendo dizer sobre o amor.
Gerundismos à parte, ame!
É essa a lição do dia.
Ame sem regras e sem pudores porque o amor não pode esperar. Ame sem orgulho porque quando é amor, ninguém sai ferido e até a falta de correspondência no amor, te diz que valeu à pena amar pois se você não tivesse dado chance ao amor, jamais saberia se ele era para valer ou não.
Eu amo. Cada vez mais.
E o irmãozinho lá, querido...vai saber viver do amor. Quando ele se der conta que amar é fácil, sem teorias, sem esquemas, sem defesas, o amor entrará porta à dentro. É só abrir.
Amor pra vocês.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Rotina chata!

Era início de ano e ela percebera que seu filho não havia aprendido a lição do ano anterior.
Ele quase repetira uma das primeiras séries do Ensino Fundamental e todos sabiam tratar-se de uma preguiça crônica motivada pela falta de estímulo da própria escola.
Chegou o final do ano e ele conseguiu a aprovação graças a boa vontade das professoras e funcionários da escola porque pela nota em si, seria reprovado.
Tive de concordar com a maneira pouco pedagógica com que ela encarou a "dificuldade" do filho em sentar frente ao livro e ler textos monótonos ou fazer continhas.
 Ela simplesmente, detectando a preguiça e o pouco comprometimento do filho, tão cedo permitiu que ele arcasse com as próprias atitudes...ou falta delas...e suas consequências.
Pensou que ele tinha saúde, capacidade cognitiva, boa escola, motivação familiar, afetiva, material escolar, boa alimentação lazer, qualidade de vida, uma mesa e cadeira confortáveis para estudar nas manhãs calmas de seu apartamento, cercado de recursos a apoio e não conseguia dar conta daquela responsabilidade...era hora de crescer!
E o mundo caiu em cima!
Porque a mãe deve estar presente, mandar bilhetinho na agenda, conferir a lição, explicar a dúvida, servir o lanchinho, pagar professor particular, passar o uniforme, levar na escola e tirar 10 no quesito "impossível fazer tudo".
Ela fez o que fizeram com ela e que a tornou a mulher que é hoje.
Apesar das duras críticas que ela lança contra aquela mãe, que já no outro extremo da situação, a abandonou a própria sorte, ainda considera-se alguém de valor, que além de cumprir com os quesitos "impossível fazer tudo" ainda dá um bônus e se cobra por não ter feito mais.
E aí, soterra um filho de cuidados que o impedem de crescer por conta própria...e ela foi para o outro lado da questão e colocou nas mãos dele o preço a pagar pelas suas atitudes...ou falta delas.
Ele pagou mas o início deste novo ano trouxe um repeteco...forma branda mas está lá...o menino que não tem saco para decorar poeminha e que deixa para "estudar" matemática nos intervalos do videogame.
Onde ela está?!
Na cozinha preparando almoço.
Porque se ela não o faz, ele não vai para a escola...mas mesmo fazendo, ainda encontra quem lhe diga que no intervalo do arroz e da carne, dá sim, para ensinar o filho quantas unidades de centena tem o numero 347.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Ingratidão é...delicado.

Pensemos:
Quando a gente dá alguma coisa para alguém, deveria ser gratuito para ser nobre.
Ainda que nobre, na prática, sempre esperamos que o Outro nos reconheça, a título de gratidão. A verdade é que ninguém dá nada de graça.
Não vou ser hipócrita ainda que afirme convictamente que minha última doação foi de fato gratuita. Mas havia do outro lado, um receptor carente, necessitado e dotado de conhecimentos nobres, espirituais e sensibilidade humana para fortalecer ainda mais seus laços afetivos com essa que vos fala.
Tive a dúvida, ainda durante o processo de doação, se por ventura, passando pela mesma situação, teria da parte dele o mesmo empenho e a mesma dedicação.
Mas isso não pesa na atitude, outras necessidades eram mais urgentes e aquele pensamento soava até como pecado diante do drama.
Então eu dei. Dei tudo o que eu gostaria que me tivessem dado na mesma situação.
Dei por amor, dei por amizade, dei porque quis dar e porque achava que ele precisava.
Erro a gente querer adivinhar o que o outro espera de nós. Somos o que somos e não vamos virar alguém que o outro espera que sejamos só para suprir seus anseios. Mais! Somos o que somos e damos o quer temos para dar.
Eu me empenhei em dar mais...porque sou generosa mesmo. E poque desde muito cedo aprendi a ceder, a tomar à frente de determinadas situações e resolve-las com as armas que tinha.
Imagina uma neta de 9 anos levando uma avó biruta para cruzar uma cidade grande para visitar um avô biruta...ou a mesma neta aos 12, carregando um avô touro pelas ruas da cidade, correndo atrás de taxi e socorrê-lo quando ninguém mais estava por perto?!
Essa mulher cresceu sabendo que tinha de dar o máximo em situações extremas. e tornou-se uma ótima despachante.
O outro ás vezes necessita daquilo que a gente não tem para dar. Não se culpe. Você deu o seu melhor e naquela hora serviu para aquele determinado fim.
A gente não pode ter a idéia falsa de que vai suprir todas as necessidades e desejos do outro. esse erro é muito comum em mães super protetoras que antecipam o desejo e a necessidade dos filhos.
Bom, resumindo porque também é algo que fala do meu draminha pessoal e ninguém tem nada a ver com isso, o Outro saiu da história achando que eu não havia dado nada ou que não dei o que ele queria na hora em que ele queria.
É ingratidão?
É insensibilidade minha? Dele?
É deixa pra lá?
É o que?
A minha nobreza me diz que é o momento difícil mas olha...nos momentos difíceis foi que eu guardei na lembrança e no coração a generosidade de todas as pessoas e imagina se eu cobraria do Outro alguma coisa! No máximo pediria mais um pouquinho...
Fica a dica....gratidão gera mais generosidade. Agradeça e o outro se motivará a te dar ainda mais. Cobre e não terá mais nada!
Bom dia!


segunda-feira, 4 de março de 2013

Homens que se foram...

Falar da perda seria o ideal mas ninguém gosta de tocar no assunto.
Dói só de pensar na falta que o Outro faz.
Esses homens que deixaram uma memória, uma lembrança e um filho.
Tive a sorte de conviver com dois desses homens que me deixaram por herança, filhos que se tornaram pais dos meus filhos.
O primeiro foi um pai para mim e me trouxe muitas lições e muitas histórias. Gosto de lembrar dele com humor, carinho e gratidão.
O outro foi-se recentemente e deixou uma marca mais serena...não sei explicar. Eu o chamava de pai.
Ele falava baixo e manso...era curvadinho e gostava quando eu o ouvia atentamente.
Ele dava chocolate escondido para os meus filhos que imediatamente o adotaram como vô.
Ele dava sapatinhos e fraldas para a netinha que eu tive a alegria de lhe dar.
Ele era silencioso mas estava sempre lá.
Acho que ele achava que meu único defeito era amar o filho dele.
Além de inúmeros agradecimentos que eu poderia fazer á ele, fica a oportunidade de ser uma pessoa melhor, de ter sido acolhida naquela casa e naquela família, sabendo que precisava comer salada ou ele faria um pequeno discurso sobre a importância de se comer legumes e verduras.
Fica o muito obrigada pelo carinho e pela consideração que ele sempre teve por mim.
E pai, obrigada pelo filho que o senhor deixou. Ele foi guerreiro, ele foi humano, ele foi menino. No fundo ele só queria a aprovação desse pai...e eu sei, que de onde o senhor estiver, vai poder abraçá-lo e reconhecer que no fundo daquela alma inquieta existe um filho, amado e que ama. Eu o amo. E te amo também.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

preciso trabalhar...

Sem muita inspiração depois de uma ressaca de dor de cabeça e piriri, lá vou eu trabalhar...Acho que volto cheia das inspirações para o próximo post, lembrando que a falta de inspiração, por si só já é assunto suficiente.
beijo

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Falar por falar (eis aqui uma pessoa se entregando)

Para fazer valer a música de Gonzaguinha, começo esse post sem nada a declarar.
Tenho visto tanta coisa interessante, tanta gente criativa, postando pensamentos, criações, ilustrações...e eu aqui sem nada a declarar. mas me entregando.
No fundo toca uma música meio filme pornô, acho que do joguinho do meu filho, a filha mais velha na sala terminando a tarefa de geografia e a caçulinha dormindo, toda lambuzada, na minha cama.
Se é que algum dia tive cama.
E isso me daria um pano pra manga e da queixa de estar sem assunto, já me faria postar aqui um livro!
É assim em terapia...associação livre...fala pra você ver o que dá...um livro! Ou uma sessão produtiva de análise.
Mas voltando à minha cama, ela sempre foi movimentada e antes que você pense  mal das molas do meu colchão, saiba que ela sempre foi movimentada por crianças...sim, todas elas também foram feitas na cama, na atual, apenas a caçula mas isso é outra história.
E também porque falamos em análise, é claro que eu recomendaria a um paciente meu que não permitisse aos filhos dormirem amontoados na cama dos pais ou da mãe que recebe "visita" eventualmente. O correto é que cada um esteja em seu quarto, explorando seu espaço e respeitando a individualidade e privacidade suas e dos outros.
Mas aqui em casa é diferente. E essa é a grande diferença e que faz da minha cama ser o tema do post.
Na minha cama tem criança e gato. Na minha cama tem farelo de biscoito e brinquedo. Na minha cama tem ordem e edredon cheiroso da M. Martin. Na minha cama tem vida, se faz vida. Na minha cama tem gente. Gente que pula, gente que ama, gente que dorme, gente que come, gente que vive.
E porque tenho gostado de falar em gratidão, na minha cama tem gente que agradece a sua existência, o seu quentinho bom que embala sonos e sonhos adultos e infantis.
Obrigada cama, por inspirar meu post e me receber em suas molas...a mim e aos meus.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Não me engana porque eu já faço isso

Ninguém engana ninguém.
A bem da verdade não era assim que eu ia começar o post. Porque não somos enganados mas nos deixamos enganar. A mentira está ali para quem quiser acreditar nela e aí ela passa a ser a verdade de quem acredita.
Eu fico com aquela cara perplexa, de vítima idiota que pensa que fulano não seria capaz de fazer, falar, sei lá o que...mas está lá para quem quiser acreditar.
A minha verdade é negar aquela mentirada toda e consequentemente, me colocar no lugar da enganada. Não que fulano tivesse me enganado, ele apenas manifestou a verdade dele. E eu me deixei enganar, acreditando nela.
Confuso, né?
Mas partindo do princípio de que o pior cego é aquele que não quer ver, prefiro achar que o mais sábio é aquele que transforma a mentira do outro na sua verdade mais conveniente.
Difícil é você não saber o que fazer com essa realidade, que já não sabe mais se é verdade ou mentira, mas que lateja por ser dúbia, ilusória, ameaçadora, desconfiada e triste.
A certeza da traição revela não o lado sórdido do outro mas o lado ingênuo seu.
Quando a gente sai do lugar de vítima percebe que o outro só nos enganou porque somos "enganáveis". se a gente só está onde se coloca, é questão de sair desse lugar de enganável e tornar-se alguém que não se engana nem é enganado.
A fórmula talvez seja simplesmente acreditar única e exclusivamente em si. O que o outro faz deixa de nos atingir e transforma-se em responsabilidade, única e exclusivamente do outro.
O que o outro fez não foi comigo, não foi pra mim. É dele, e consequentemente vai respingar nele, o dono da mentira no caso, porque o dono da verdade simplesmente se cala.
Verdade é algo que não precisa explicar, ela é. A mentira é uma sequência de histórias para quem quiser ouvir.
E você? É dono da sua verdade ou vive das mentiras alheias?