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quarta-feira, 6 de março de 2013

Ingratidão é...delicado.

Pensemos:
Quando a gente dá alguma coisa para alguém, deveria ser gratuito para ser nobre.
Ainda que nobre, na prática, sempre esperamos que o Outro nos reconheça, a título de gratidão. A verdade é que ninguém dá nada de graça.
Não vou ser hipócrita ainda que afirme convictamente que minha última doação foi de fato gratuita. Mas havia do outro lado, um receptor carente, necessitado e dotado de conhecimentos nobres, espirituais e sensibilidade humana para fortalecer ainda mais seus laços afetivos com essa que vos fala.
Tive a dúvida, ainda durante o processo de doação, se por ventura, passando pela mesma situação, teria da parte dele o mesmo empenho e a mesma dedicação.
Mas isso não pesa na atitude, outras necessidades eram mais urgentes e aquele pensamento soava até como pecado diante do drama.
Então eu dei. Dei tudo o que eu gostaria que me tivessem dado na mesma situação.
Dei por amor, dei por amizade, dei porque quis dar e porque achava que ele precisava.
Erro a gente querer adivinhar o que o outro espera de nós. Somos o que somos e não vamos virar alguém que o outro espera que sejamos só para suprir seus anseios. Mais! Somos o que somos e damos o quer temos para dar.
Eu me empenhei em dar mais...porque sou generosa mesmo. E poque desde muito cedo aprendi a ceder, a tomar à frente de determinadas situações e resolve-las com as armas que tinha.
Imagina uma neta de 9 anos levando uma avó biruta para cruzar uma cidade grande para visitar um avô biruta...ou a mesma neta aos 12, carregando um avô touro pelas ruas da cidade, correndo atrás de taxi e socorrê-lo quando ninguém mais estava por perto?!
Essa mulher cresceu sabendo que tinha de dar o máximo em situações extremas. e tornou-se uma ótima despachante.
O outro ás vezes necessita daquilo que a gente não tem para dar. Não se culpe. Você deu o seu melhor e naquela hora serviu para aquele determinado fim.
A gente não pode ter a idéia falsa de que vai suprir todas as necessidades e desejos do outro. esse erro é muito comum em mães super protetoras que antecipam o desejo e a necessidade dos filhos.
Bom, resumindo porque também é algo que fala do meu draminha pessoal e ninguém tem nada a ver com isso, o Outro saiu da história achando que eu não havia dado nada ou que não dei o que ele queria na hora em que ele queria.
É ingratidão?
É insensibilidade minha? Dele?
É deixa pra lá?
É o que?
A minha nobreza me diz que é o momento difícil mas olha...nos momentos difíceis foi que eu guardei na lembrança e no coração a generosidade de todas as pessoas e imagina se eu cobraria do Outro alguma coisa! No máximo pediria mais um pouquinho...
Fica a dica....gratidão gera mais generosidade. Agradeça e o outro se motivará a te dar ainda mais. Cobre e não terá mais nada!
Bom dia!


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