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quinta-feira, 7 de março de 2013

Rotina chata!

Era início de ano e ela percebera que seu filho não havia aprendido a lição do ano anterior.
Ele quase repetira uma das primeiras séries do Ensino Fundamental e todos sabiam tratar-se de uma preguiça crônica motivada pela falta de estímulo da própria escola.
Chegou o final do ano e ele conseguiu a aprovação graças a boa vontade das professoras e funcionários da escola porque pela nota em si, seria reprovado.
Tive de concordar com a maneira pouco pedagógica com que ela encarou a "dificuldade" do filho em sentar frente ao livro e ler textos monótonos ou fazer continhas.
 Ela simplesmente, detectando a preguiça e o pouco comprometimento do filho, tão cedo permitiu que ele arcasse com as próprias atitudes...ou falta delas...e suas consequências.
Pensou que ele tinha saúde, capacidade cognitiva, boa escola, motivação familiar, afetiva, material escolar, boa alimentação lazer, qualidade de vida, uma mesa e cadeira confortáveis para estudar nas manhãs calmas de seu apartamento, cercado de recursos a apoio e não conseguia dar conta daquela responsabilidade...era hora de crescer!
E o mundo caiu em cima!
Porque a mãe deve estar presente, mandar bilhetinho na agenda, conferir a lição, explicar a dúvida, servir o lanchinho, pagar professor particular, passar o uniforme, levar na escola e tirar 10 no quesito "impossível fazer tudo".
Ela fez o que fizeram com ela e que a tornou a mulher que é hoje.
Apesar das duras críticas que ela lança contra aquela mãe, que já no outro extremo da situação, a abandonou a própria sorte, ainda considera-se alguém de valor, que além de cumprir com os quesitos "impossível fazer tudo" ainda dá um bônus e se cobra por não ter feito mais.
E aí, soterra um filho de cuidados que o impedem de crescer por conta própria...e ela foi para o outro lado da questão e colocou nas mãos dele o preço a pagar pelas suas atitudes...ou falta delas.
Ele pagou mas o início deste novo ano trouxe um repeteco...forma branda mas está lá...o menino que não tem saco para decorar poeminha e que deixa para "estudar" matemática nos intervalos do videogame.
Onde ela está?!
Na cozinha preparando almoço.
Porque se ela não o faz, ele não vai para a escola...mas mesmo fazendo, ainda encontra quem lhe diga que no intervalo do arroz e da carne, dá sim, para ensinar o filho quantas unidades de centena tem o numero 347.

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